quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O ho'oponopono...texto IV.



Resultados práticos e depoimentos.

“Isso nada mais é do que uma faxina na nossa cabeça”, sintetiza o agente de viagens Murilo Paes, de 61 anos, que mora em Salvador. “Quando comecei a praticar o ho’oponopono, dizendo ‘te amo, sou grato’ aos problemas que surgiam, mesmo sem saber ao certo do que se tratava, eu acalmei a minha mente e coisas maravilhosas começaram a acontecer.” Ele conta que certa vez havia solicitado uma reserva em um hotel para uma cliente por quatro dias, mas por um erro no sistema ela foi feita somente para dois. Como o hotel estava lotado, a mulher teria de sair antes do tempo previsto. “Como eu não tinha o que fazer, comecei a praticar o ho’oponopono e fui me acalmando. Passado pouco tempo, o gerente do hotel me ligou e disse que tinha conseguido um quarto para minha cliente.” Coincidência? De maneira nenhuma, para quem pratica o processo.

“Eu sofria de uma dor terrível no joelho, como se agulhas o espetassem. Fui a vários médicos e fiz diversos tratamentos, mas nada adiantou. Quando descobri o ho’oponopono, comecei a dizer ao meu joelho ‘eu te amo’ repetidas vezes todos os dias. A dor desapareceu há mais de três anos”, conta a professora aposentada Mara Udler, de São Paulo.

Para a psicóloga Márcia Nelia Garcia, de Brasília, o ho’oponopono a tirou de uma profunda depressão. “Eu desejava morrer, a doença desencadeou crises de anorexia e síndrome do pânico e eu não conseguia dormir nem mesmo com o auxílio de remédios fortes. Minha terapeuta me levou à praia e juntas fizemos o ho’oponopono durante vários dias. Eu não só me curei da depressão como consegui emagrecer 34 kg em cinco meses, algo que vinha tentando por mais de 20 anos.” Difícil entender? “Ninguém nunca vai compreender o processo por meio do intelecto, do mental. O importante é começar a praticar”, avisa Mara. Ao que Murilo Paes completa: “O ho’oponopono é muito fácil de fazer e muito difícil de explicar”.

Como é nossa responsabilidade no mundo.

Nesse sentido, não ter expectativas ou tentar controlar o que vai acontecer é um dos princípios do ho’oponopono. “Se a resposta vem da divindade, é ela quem sabe o que é melhor para nós”, avalia a terapeuta paulistana Magali Silvestre, adepta do sistema há sete anos. “Cabe a nós somente identificar o problema que nos aflige e repetir inúmeras vezes ‘sinto muito, me perdoa, te amo, sou grata’ ou qualquer uma dessas frases”, afirma Mara. Para os praticantes do ho’oponopono, o fato de não tentar controlar ou descobrir a solução do problema funciona como um calmante, um bálsamo para a mente. “É uma entrega, você começa a dizer aquelas palavras e a conversação mental para e a respostas começam a vir de forma surpreendente e inesperada”, conta o terapeuta Joubert Fernandes, de São Paulo, praticante do sistema há três anos.

A simplicidade e a facilidade de aplicação do ho’oponopono são fatores que causam estranhamento naqueles que conhecem o processo pela primeira vez. O dr. Len fala: “Just do it”, ou seja, somente repita as frases e aguarde pelo resultado. Um dos princípios básicos que rege esse processo diz também que todos nós somos 100% responsáveis pelo que acontece conosco e com os outros. Isso implica dizer que qualquer acontecimento, como ouvir no noticiário sobre um ataque terrorista no Oriente Médio, passa a fazer parte da responsabilidade da pessoa que viu, ouviu, provou, tocou, presenciou, enfim, que tenha experimentado o acontecimento de alguma forma. “Esse foi o grande obstáculo que encontrei ao estudar e praticar o ho’oponopono. Como eu poderia me responsabilizar por fatos que estavam acontecendo do outro lado do mundo somente porque eu os havia visto pela televisão?”, questiona o advogado Fernando Azevedo. “Com o tempo, eu percebi que isso é verdade, nós todos estamos interligados em uma grande teia, não há como fugir disso.”

Ainda de acordo com o ho’oponopono, a explicação para essa tese se deve ao fato de que todos os problemas, as experiências, as pessoas que surgem na vida de cada um são programas, pensamentos advindos do passado que atingem a todos. São, enfim, memórias registradas na mente subconsciente de experiências remotas. “E essas memórias são compartilhadas com todas as outras pessoas. Por isso, quando se detecta algo de ruim em alguém, é porque isso está em você”, explica o dr. Len. O processo deve ser, portanto, também praticado para purificar a mente das outras pessoas dizendo eu sinto muito, me perdoe, eu te amo, eu sou grato. “Quando se faz isso, o outro é purificado e os problemas o abandonam também.” Para o engenheiro Paulo Namurra, o ho’oponopono pode-se resumir da seguinte forma: “Ter amor e gratidão a tudo”. Agora, é só começar a praticar.

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